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Saúde e bem estar

Como consigo não adoçar tudo que bebo?

A memória mais marcante que tenho sobre minha história com o açúcar é de quando criança sentar no chão com o pote de açúcar e come-lo de colher. Isso aconteceu por um bom tempo, até que um dia eu deixei o pote de vidro cair e quebrar. Mesmo assim eu queria o açúcar, era uma vontade voraz, como um vício.

Resolvi tentar pegar o açúcar que restou na parte quebrada do pote com minha língua e assim que o fiz o vidro a cortou. Foi uma ardência enorme. Lembro até hoje das gotas de sangue espalhadas pelo pó branco. Por incrível que pareça era bonito e eu admirei aquilo por algum tempo. Hoje eu pensaria em cocaína ao ver uma cena assim, não que o açúcar tenha um efeito muito diferente dela.

açúcar e cocaína

Fiquei muitos dias sem conseguir comer ou beber direito pois minha língua estava muito machucada. Depois desse dia criei trauma e decidi que nunca mais adoçaria nada.

Lembrando disso hoje agradeço pelo ocorrido. Aconteceu há anos e me lembro que, na única vez que decidi adoçar meu café com adoçante, estranhei o gosto. Hoje penso que se não consigo beber algo que não fica bom sem açúcar, é porque aquele algo simplesmente não é bom.

É questão de readaptação, de costume. Se eu voltar a adoçar vou querer adoçar sempre. O açúcar melhora o gosto de qualquer coisa, mas também adiciona calorias vazias aos alimentos.

Na época em que eu tomava chá de hibisco cheguei a usar stevia algumas vezes, mas logo depois parei de tomar o chá e parei com a stevia também. Aprendi a gostar do sabor do café, chás e mate. Quero sentir o sabor real das coisas.

sachês açúcar refinado

Ao parar de adoçar coisas como café comecei a observar como as pessoas fazem isso automaticamente, como eu antes de tudo isso, e respondem a pergunta “com açúcar ou adoçante?” sem pestanejar.

Hoje quando respondo “puro, sem nada por favor” sempre me deparo com olhares assustados e muitas vezes admirados. É como se as pessoas soubessem que adoçar as coisas não é o ideal, mas fizessem da mesma forma, admirando ao mesmo tempo quem não o faz.

Não é incomum eu ouvir a pergunta “como você consegue?”. Sempre digo que é o hábito, felizmente um bastante positivo. No começo foi difícil, eu estranhava o gosto de tudo, mas depois acostumei.

Não conheço nenhuma outra pessoa que faça isso, ao menos no meu círculo social. É uma experiência que recomendo, ao menos para ter noção do sabor real das coisas e como os adoçantes mudam completamente o sabor dos alimentos.

Ah, e só pra lembrar: Nada de terrorismo alimentar, ok? Tudo bem você consumir açúcar, você não é uma pessoa pior por causa disso, basta que ele não consuma você. ❤

6 comentários

 

 

  • Camila Faria

    Oi Bárbara, eu também não adoço café ou chá ~ mas com o café o processo foi mais longo. Comecei aos poucos, colocando meio pacotinho de açúcar, até parar de vez. Hoje em dia não consigo tomar café adoçado, acho ruim. É mesmo como você falou: uma questão de hábito. E té tão melhor cultivar hábitos saudáveis, né?

    Um beijo :*

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    • Bárbara Cavalcante

      No começo fiquei sem beber café na rua, pois não gostava do gosto. Depois fui acostumando e hoje tomo pouco café na verdade, deixo pra ocasiões especiais porque já tomo chá todos os dias. Ir diminuindo a quantidade de açúcar é uma estratégia maravilhosa para uma adaptação sem tanto sofrimento. Hoje em dia também não gosto de café adoçado, nem chá, nada. Legal perceber a capacidade do nosso paladar de se adaptar né?

      Muitos beijos!

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  • Paula Lobato

    Oi Bárbara! Ainda sinto muita necessidade de adoçar as refeições com açúcar! Gostei muito das dicas e das orientações, muito esclarecedor. Um beijão! Seu blog também está lindo! Vou te procurar no insta! <3

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    • Bárbara Cavalcante

      Oi Paula! Que bom que curtiu as dicas 😀 Meu instagram é @barbaradoblog! Me avisa depois pra eu conhecer o seu também! Beijinhos!

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  • Débora

    Alguns sucos que bebo eu não adoço, outros não tem jeito e lá vai açúcar. É algo que tenho que diminuir na minha alimentação mas o processo é lento. u.u Estou admirada com você e impressionada em como um trauma de infância mudou seus hábitos alimentares. Que bom, né?! =)
    Beijinhos ♥

    Contadora de Histórias

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    • Bárbara Cavalcante

      É aos pouquinhos mesmo Deb, mas toda pequena mudança pra melhor nos trás grandes benefícios! 😀 Obrigado pelo comentário! Muitos beijos!

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