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Saúde e bem estar

Fluoxetina e depressão

Fiz um vídeo sobre depressão e queria deixar aqui algumas observações sobre o tema e contar um pouquinho da minha história com essa coisinha chata que nos deixa pra baixo.

Quando eu era adolescente sentia um vazio profundo dentro de mim, era muito revoltada e sozinha. Nessa época eu era gordinha e muito insegura com o meu corpo, e acredito que por isso que com apenas 13 anos eu tenha desenvolvido anorexia e a bulimia.

Fiquei num ritmo frenético de desequilíbrio por aproximadamente 1 ano, onde eu intercalava dias sem comer a dias tomando laxante, pois havia comido algo. Fiquei anêmica, muito abatida e extremamente depressiva. A lavagem cerebral que fiz em mim mesma foi tão forte que eu cheguei a pesar 50 kg – para a minha constituição óssea é muito pouco, fiquei puro osso – e até hoje não consigo me lembrar de uma imagem minha magra.

Bárbara Cavalcante

Quando meus pais descobriram o que eu tinha começaram a pesquisar sobre e a me levar a médicos. Foi nessa época que fui diagnosticada e medicada. Comecei a tomar suplementos e também fluoxetina.

No começo eu jogava a fluoxetina fora pois achava que tudo e todos queriam me engordar, mas depois de um tempo comecei a pesquisar sobre ela e descobri que ela poderia me ajudar a emagrecer. A fluoxetina ajuda a controlar a ansiedade e assim a evitar compulsões – as quais eu tinha MUITO – e além disso funciona como anti depressivo.

Minha experiência com a fluoxetina foi ótima: Eu tomava 1 comprimido de 20 mg todos os dias às 10h da manhã sem estar em jejum – ou não deveria. Na época eu fingia que estava ficando boa, mas ainda tomava MUITO laxante. Só consegui largar a bulimia de verdade esse ano, por incrível que pareça.

Foram quase 10 anos usando laxante… Meu Deus. Nunca tinha feito essa conta antes, acabei de me dar conta disso. Tenho sorte de não ter desenvolvido um câncer ou algo parecido.

Bárbara Cavalcante

A fluoxetina me ajudou muito a superar a depressão e refletir melhor sobre o que eu estava fazendo. Também passei a ter menos compulsões e a vontade de comer doces diminuiu muito. Tomei-a por menos de 1 ano, mas o efeito foi muito positivo e costumo indica-la à amigas que vão à médicos por conta de ansiedade ou depressão, lembrando que só ele poderá verificar se o medicamente se adéqua ao seu caso e te prescrever a fluoxetina.

Meu irmão tem depressão há alguns anos e é muito ansioso, ele toma fluoxetina de 20 mg (3 comprimidos por dia) e ela o ajuda, mas não tem um efeito tão drástico quanto teve no meu caso. Acredito que seja porque eu sempre tomei poucos remédios – passei a tomar mais na épocas da bulimia (laxantes) e quando descobri que tinha hipotireoidismo (tomo o hormônio para repor) – enquanto ele sempre tomou muito por conta da síndrome de asperger. De repente tive uma absorção melhor ou um melhor aproveitamento da substância do que ele por conta disso.

Se você acredita que a fluoxetina pode te ajudar o próximo passo é procurar um médico, pode ser um clínico geral, um endocrinologista ou um psiquiatra. Ele te fará algumas perguntas, quererá saber sobre o seu histórico médico e então, se for o caso, te prescreverá a fluoxetina, provavelmente a de 20 mg. Ela custa de R$ 10 a R$ 70, depende da farmácia e do laboratório. Consulte alguns preços aqui.

Deixo um vídeo abaixo para caso queira conferir algumas observações sobre a última deprê que enfrentei. Ela veio sorrateira e quando percebi já não estava mais querendo sair de casa, comer ou mesmo viver. A depressão é assim, te faz deixar de gostar de coisas que antes de faziam feliz. Fique atenta(o) aos sinais e não se deixe chegar ao fim do poço para buscar ajuda!

1 comentário

 

 

  • Thainá

    Parabéns pelo Blog, linda! Continue assim…. nessa busca pelo auto conhecimento!!! Vc já é uma vencedora. Te desejo todo sucesso do mundo. Bjos. Amei essa postagem. Estava precisando ler coisas assim… 🙂

    responder
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